4ª DIA - ENCERRAMENTO DA 9ª OFICINA DE INCLUSÃO DIGITAL

Esse foi um momento que refleti sobre a idéia prevalente, que corremos sempre em direção a uma reta de chegada .Mas isso é utópico pelo fato de cada ponto de chegada, sinaliza para um novo ponto de partida. Nesse aspecto de inclusão digital é um recomeço bem significativo, para os terreiros do Brasil , que irão ser atendidos com essa politica, abre um caminho novo de grandes transformações,  percorrer com sabedoria esses novos caminhos, mas temos que preservar o nosso sagrado.


O Lattes é uma questão central por ser requisito obrigatório para a contratação do  bolsista nos telecentros, por isso ,os novos gestores devem passar por esta experiência,afirma Komanagi. 
  
 Esse momento de grande importância jamais poderia passar despercebido pela comunidade de terreiro. Fizemos empenho em registrar, os primeiros passos, na inclusão digital no axé , como se processou nada acontece como passo de mágica e nem por acaso , esse momento é fruto de muita luta no decorrer de centenas de anos.
A nossa presença na sala chamou muito atenção de todos participantes da oficina, quebramos o paradigma, que  somos incultos e analfabetos, estavamos participando de igual, para igual.


Ao terminar minha tarefa, desci para ver meus emails pessoais, quando fui surpreendida pelo jovem Jornalista Thiago Skarnio de  Santa Catarina , que solicitou-me uma foto, questiou-me se tinha algum problema de postá´la no Twitter, eu lhe falei que tinha twitter, mas ainda não sabia postar fotos, no mesmo momento ele começou ensinar-me. A  oficina aconteceu até no corredor de passagem.



Ebomi Conceição veio buscar-me, para almoçarmos juntas, o mesmo foi adiado, ficamos oficinando no espaço de acesso público livre, acesso a internet livre, com o principal, um instrutor, qualificado disposto a partilhar conhecimento com a comunidade afro religiosa, que em 15 anos de existência da Oficina é a primeira vez que foi convidada a participar, em conseguencia desta ação  o desenvolvimento da cidadania .





Encontrei o Juvenal da cidade de Chapinha, estado do Maranhão, ele é coordenador de estado da Ong Articulação ao Semi- Arido Brasileiro, Maria de jessus é da cidade da Priemira Cruz do estado do Maranhão, ela trabalha numa CASA DIGITAL, que é uma casa que abriga de 15 em 15 dias, meninos da família rural. Esses jovens possuem de 14 á 28 anos 15 dias eles estudam e ficam em tempo integral na casa e outros 15 dias vão para a zona rural trabalhar. Essa iniciativa  é uma parceria da sociedade civil, governo federal e municipal.
Domingos, é da cidade de Anajatuba , Maranhão ele é monitor da ESCOLA FAMILIA AGRICOLA.


Com Jovenal, conversamos sobre várias diferenças existentes entre nossos estados, mas uma coisa que me chamou atenção, foi as palavras  que ele colaca , sobre a intolerância religiosa, " Quanto menor o município, maior é a competição religiosa fica muito acirrada, o que já não acontece nos municipios grandes".






 Linda da cidade de Valparaizo , interior de Brasília, veio ao evento na expectativa de levar para sua cidade o telcentro, que até o momento não tinha. 





O saldo deste evento, foi  podermos estar aprendendo e documentando, e , isso não é um processo fechado, por não ter sentido, estamos vivenciando um novo momento, que esta em construção, e nós religiosos que participamos, demonstramos que estamos prontos para enfrentar a inclusão digital.
Axé Mãe Carmen de Oxalá